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Sustentabilidade/ UFSC propõe solução para crise sanitária e ambiental no litoral


Férias, praias e muita gente. Além das chuvas. Nesse contexto, Florianópolis enfrentou uma questão sanitária que poderia ter sido evitada, ou ao menos minimizada, se algumas ações ambientais estivessem em curso. Entre elas, um sistema que utiliza algas para filtrar a água de poluentes, que grupo de pesquisadores da UFSC em parceria com outras entidades recomendaram ao Ministério do Meio Ambiente.


De acordo com o Professor Paulo Horta, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina, existem sistemas modulares de biorremediação com algas que ajudam no controle biológico e químico da qualidade das águas costeiras. Sistemas esses que a Universidade já os estuda há algum tempo, tanto que publicou artigo científico de projeção internacional em 2021 com resultados bastante promissores (aqui artigo completo).


As técnicas recomendadas

Tanto a técnica de tanque para criação de algas como a técnica de tapete filtrante com algas, são soluções que já deram certo em diversas experiências em larga escala mundo afora, como Espanha, México e Estados Unidos. “Sistemas modulares podem ser instalados rapidamente e contribuem com o aumento da saúde dos ecossistemas costeiros”, destaca o Professor Horta.


Como funciona?

As algas absorvem os contaminantes e devolvem ao meio ambiente oxigênio e substâncias químicas, como a biomassa. Em matéria de Amanda Miranda da Agecom/ UFSC, para portal da mesma instituição:


“A alternativa de tratamento com algas é recomendada como uma solução baseada na própria natureza, o que poderia resultar também, nos próximos anos, na redução das emissões de gases do efeito estufa, podendo colocar Santa Catarina em posição de destaque nesse tema, gerando créditos de carbono. Estima-se que ações como essa têm um potencial de produção de biomassa que resultaria na imobilização global de 30 bilhões a 4,13 trilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, mitigando emissões também pelo fato de evitarem a poluição em ambientes costeiros.”


Carta à Ministra do Meio Ambiente

Pesquisadores catarinenses em parceria com o Programa Ecoando Sustentabilidade, Rede de Organizações Não Governamentais da Mata Atlântica, o Laboratório de Virologia Aplicada da UFSC e o Labomar da Universidade Federal do Ceará, encaminharam uma carta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.


Nessa carta, os autores pensam que ações locais poderiam servir de inspiração e assim toda a costa brasileira pudesse se beneficiar. A partir da criação de um comitê de crise que possa atender à emergência sanitária, de saúde e socioambiental instalada. Esse grupo faria um diagnóstico para adoção de medidas de remediação regionalizadas.


“Este diagnóstico deverá identificar agentes causadores de surtos e epidemias, produzindo relatórios que auxiliem na tomada de decisão das instituições e setores envolvidos”, completa o documento enviado à ministra. Os pesquisadores citam o problema de Florianópolis (com mais de 1500 casos de diarréia em crianças e adultos, tornando-se uma epidemia) como exemplo que poderia ter sido evitado.





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