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Neurociências/ Trabalho conjunto é mais produtivo


(Imagem de Ron Lach)


Como uma espécie de sincronização cerebral, trabalhar em tarefas conjuntas muda a atividade do cérebro e potencializa a solução de problemas. Foi o que descobriram cientistas da Universidade Keio no Japão através de um estudo com 39 pares de voluntários.


Para mensurar as atividades cognitivas, os pesquisadores usaram uma ferramenta de espectroscopia infravermelho para buscar os sinais de contatos visuais dos participantes. A partir das respostas foram elaboradas técnicas de processamento e modelagem capazes de reconhecer as interações sociais. Principalmente mapeá-las de acordo com os momentos do desafio, interações e as regiões das atividades cerebrais.


Objetivo da pesquisa

Publicada em fevereiro deste ano pela Neurophotonics, “o objetivo do estudo é de descobrir mecanismos de sincronização cerebral relacionados ao comportamento cooperativo humano, quando o objetivo final é altamente livre e criativo”, descrevem os cientistas.


De acordo com texto da Science Alert, “Populações de neurônios dentro de um cérebro foram ativadas simultaneamente com populações de neurônios semelhantes no outro cérebro quando os participantes cooperaram para completar a tarefa, como se os dois cérebros funcionassem juntos como um único sistema para resolução criativa de problemas” explicou o psicólogo Yasuyo Minagawa.


Processos da pesquisa

Os participantes foram analisados resolvendo desafios sozinhos e também em duplas. Assim, os pesquisadores estudaram tanto as atividades cerebrais solo (sincronizações dentro do cérebro de “Within-brain synchronization” ou WBSs) quanto a atividade cerebral em grupo (sincronizações entre cérebros de “Between-brain synchronization" ou BBSs).


O trabalho em conjunto (BBS) mostrou conexões mais robustas nas regiões temporal superior e média do cérebro, bem como em partes específicas do córtex pré-frontal no hemisfério direito do cérebro. Enquanto que o trabalho sozinho (WBS) não foi tão expressivo nos testes.


Interações humanas

Os pesquisadores observaram que através de contato visual que o estímulo se tornou mais eficaz quanto aos processos cerebrais. Uma espécie de regra para as interações sociais humanas.


"Esses fenômenos são consistentes com a noção de um 'modo nós', no qual os agentes que interagem compartilham suas mentes de forma coletiva e facilitam a interação acelerando o acesso à cognição do outro", diz Minagawa.


Para David Nield, autor do texto no portal Science Alert, “Sabemos que os seres humanos são programados para serem criaturas sociais, mas ainda há muito que não entendemos sobre como nossos cérebros mudam quando estamos em companhia. À medida que a tecnologia de digitalização e computação melhora, podemos lançar luz sobre essas incógnitas”, diz.





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