Dia 22 de abril se comemora o Dia da Terra. Embora possa parecer uma antítese em se falar de “futuro do agronegócio” neste dia, na verdade é uma provocação para as tomadas de atitude que se precisa fazer. Tanto na produção quanto no consumo. Esse processo passa pela #inovação, #tecnologia, #agroecologia através do tripé da #sustentabilidade.
De acordo com pesquisadores do mundo todo, isso é possível através do sistema de agrofloresta. “Sistemas agroflorestais biodiversos (SAFs) compreendem formas de uso da terra que envolvem arranjos de espécies de árvores e de arbustos implantados ou já existentes nas áreas, integrando-as a cultivos agrícolas e/ou criação de animais, preferencialmente ao mesmo tempo, utilizando-se princípios agroecológicos”, esclarece Milton Parron Padovan, Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste para o portal EcoDebate.
Essa solução de unir o bom ao agradável não é nova, mas ainda há um caminho a ser percorrido. Pois implica na mudança de hábitos, como privilegiar os processos naturais e descartar o uso de produtos agroquímicos. Melhorando a qualidade do solo e protegendo a saúde dos agricultores.
Além disso, esse sistema também pode atrair investimentos, uma vez que o sistema de agrofloresta também visa a recuperação da mata nativa. “Florestas degradadas podem ser vistas não como um ônus, mas como uma oportunidade para atrair investimentos, gerar empregos e, ao mesmo tempo, conservar o que ainda resta da Mata Atlântica”, diz Paulo Inácio Prado, professor da USP e autor de estudo que usa base de dados do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina - IFFSC como uma das fontes de pesquisa.
Contudo não existe um modelo mágico. Cada região tem a sua necessidade e especificidade que devem ser respeitadas, como características bioecológicas e cultura local. A implementação dessa mudança começa com a tomada de consciência e pesquisa. Muita pesquisa! Que vai da biotecnologia à bioética, aos créditos de carbono aos defensivos agrícolas, das medições via satélite ao respeito à mão na terra.
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